Se entrou aqui é porque provavelmente coloca a si mesmo a hipotese de recorrer à ajuda de um psicólogo. Hoje em dia, procurar ajuda psicológica especializada acaba por fazer parte do quotidiano de muitas pessoas, pelo que é perfeitamente natural que em algumas fases da sua vida, crítica ou não, necessite de recorrer a um psicólogo. Não é vergonha alguma dizer que se anda num psicólogo, porque muitas vezes as potencialidades de nos sentirmos bem estão dentro de nós, nós é que não as vislumbramos.........



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Aprender a dizer não: porque temos medo de dizer não?


Por que razão temos medo de dizer não?

Passamos a vida a encontrar gente que tenta dar-nos ordens e manipular-nos, que tenta obter algo de nós, usar-nos ou, simplesmente, dominar-nos completamente, psicológica e fisicamente.

Cabe-nos a nós fazer perceber a estas pessoas que controlamos o nosso espaço vital, a nossa integridade mental e emocional, o nosso tempo livre, o nosso dinheiro, etc.
Alguma vez se encontrou a dizer sim, quando na verdade queria dizer não Seja franco. A maioria de nós tem medo de dizer não.


Porquê?


Medo da rejeição

Os psicólogos atribuem este reflexo ao medo da rejeição. Pensamos que, ao recusar qualquer coisa a alguém, iremos sofrer consequências desastrosas. No mínimo, perderemos a amizade ou a afeição dessa pessoa.

Ora, isto pode ser verdade, mas quando compramos um par de sapatos ou um segure de vida porque o vendedor é implacável, será que isto se deve ao medo da rejeição? Afinal mal conhecemos essa pessoa!

Talvez assim seja, mas os psicólogos descobriram que a maioria das pessoas não suporta ser rejeitada por ninguém, até mesmo por aqueles que não conhece ou de quem não gosta.

Interessante, não é?

As pessoas que nunca dizem não também têm vergonha de ser consideradas (o horror dos horrores!) egoístas, se, por exemplo, ousam recusar receber 25 convidados na ceia de Natal, recusam-se a ser motoristas dos filhos ou fazer horas extraordinárias regularmente sem serem pagas, só para agradar ao patrão.

Qual é o resultado desta atitude?

Estará a acumular ressentimento?

Se nunca aprendeu a dizer não, então está certamente a acumular uma dose tóxica de ressentimento. Sem dúvida, tem a sensação de estar a ser explorado e de ser a pessoa a quem todos pedem, porque diz sempre sim...

Pois é tempo de se livrar destas toxinas!

As pessoas carismáticas não deixam que os outros os pisem. Pessoas como Napoleão, Roosevelt, Washington e Ghandi, para apenas falar de alguns, levavam muito tempo a ser convencidas, sabiam bem como afirmar-se. Por que não imitá-las?

Como recusar
Primeiro, tenha a certeza de evitar qualquer demonstração de insatisfação, tais como suspiros, gritos, lágrimas, etc. Dizer não, não significa que tem de bater com o punho na mesa com toda a força. O que precisa é de ser firme.

Cinco regras de ouro para dizer não
Aqui tem algumas regras: em breve perceberá o quanto são eficazes.

1. Ouça o pedido com atenção e leve tempo para pensar antes de responder.
Por exemplo, se alguém telefonar a pedir-lhe que vá às compras com ele e você não tem a certeza de lhe apetecer, poderá responder delicadamente: "Terei de pensar nisso, volto a telefonar dentro de uns minutos.”

2. Diga sempre a verdade.
Não dê justificações, nem pretextos inventados que pode esquecer, nem mentiras que só complicarão a sua vida

3. Diga o que tem a dizer com tacto e consideração.
Recusar algo a alguém não significa atacá-lo até à morte. Se lhe pedirem para comparecer a uma reunião, por exemplo, será mais diplomático dizer: “Agradeço terem-se lembrado de mim, mas penso que não terei
tempo” em vez de: “Não me apetece ir, será uma perda completa de tempo”.

4. Não caia no erro de discutir, especialmente quando a outra pessoa se torna agressiva.
Mantenha a calma e faça um sorriso. Estas são as suas melhores armas contra aqueles que fazem de conta que estão chocados com a sua recusa repentina de não ceder aos desejos deles. Evite entrar em discussões acerca da razão que o levou a recusar. Não tem de dar explicações supérfluas. Apenas sorria e
diga “não”. Vejamos um exemplo. O seu marido (ou a sua mulher) chega a casa do trabalho e avisa-a de que convidou um colega para jantar no sábado. Ele sabe o quanto você estava com vontade de sair no
sábado, para ir ao cinema ou ao teatro, portanto vai tentar fazê-la mudar de ideias. Se tem mesmo vontade de ir ao cinema ou ao teatro, então não existe qualquer razão para não ir. Não se deixe envolver numa longa discussão, que poderá levar a uma briga, durante a qual o mais provável é dizerem-se coisas de que irão arrepender-se. Simplesmente repita delicada e calmamente o seu desejo de sair nessa noite.
O seu marido pode muito bem receber os convidados sozinho. “Mas...”, oiço-a pensar, “... ele terá de dar uma explicação para a minha ausência.” Esse é um problema dele e não seu.

5. Não se desculpe.
Não há razão nenhuma para inventar uma desculpa porque disse que não a alguém. É o seu direito como indivíduo. Ao dar uma desculpa, coloca-se numa posição inferior, revela o seu receio e dá a impressão à outra pessoa de que é possível quebrar as suas defesas e fazê-lo mudar de ideias. Seguir-se-á uma discussão e provavelmente acabará por dizer sim, só para ter um pouco de paz e sossego.Eis boas notícias: de acordo com especialistas, o primeiro “não” é o mais difícil. Quando se aperceber de que não causou nenhum desastre cataclísmico, então será mais fácil dizer não uma segunda vez. Então, o que espera?



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