Se entrou aqui é porque provavelmente coloca a si mesmo a hipotese de recorrer à ajuda de um psicólogo. Hoje em dia, procurar ajuda psicológica especializada acaba por fazer parte do quotidiano de muitas pessoas, pelo que é perfeitamente natural que em algumas fases da sua vida, crítica ou não, necessite de recorrer a um psicólogo. Não é vergonha alguma dizer que se anda num psicólogo, porque muitas vezes as potencialidades de nos sentirmos bem estão dentro de nós, nós é que não as vislumbramos.........



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Como agir numa entrevista de emprego?

Num altura em que reina o tema "desemprego", crise é importante saber quais os erros mais comuns que a maioria das pessoas faz quando é contactada para uma entrevista de emprego. Por vezes, há que limar determinados comportamentos, posturas para que o sucesso e o "esbater" de todo este panorama social e económico possa ser, de certa forma, controlado....


entrevista empregoOs sete erros dos candidatos a emprego

1- Usar roupas que estão em desacordo com a função que exercerá.

Não adianta nada que você prometa na entrevista que no dia que iniciar nesta empresa estará com o vestuário adequado. As pessoas formam uma imagem sua pelo que  vêem, numa primeira impressão e associam sua capacidade profissional pela imagem – infelizmente, mas é a realidade. Muitas pessoas têm medo de usar sua melhor roupa e depois não conseguirem manter o padrão. Não há o menor problema, usar a melhor roupa significa que você dá importância aquele momento e valoriza aquela empresa – mesmo que a empresa forneça uniforme. E você não perde a oportunidade em mostrar como fica bem quando está bem vestido.


2- Chegar atrasado à entrevista.

Essa atitude é a primeira informação que você está a dar a respeito de sua postura. Chegar atrasado significa que você é um péssimo "estrategista" que não soube calcular a distancia ou o trânsito na melhor das hipóteses, pois na pior das hipóteses você passa a impressão de não se comprometer com nada.
Não adianta exagerar e chegar adiantado demais, você só vai deixar a recepcionista constrangida de tanto olhar para você e ainda passará a impressão de ser péssimo em logística. 10 a 15 minutos  de antecedência são suficientes.

3- Fazer um currículo tipo “mil e uma utilidades”.

Se você domina várias áreas faça um currículo para cada uma. É muito estranho contratar um advogado que sabe desenhar maravilhosamente. Para quê?
Coloque no currículo o que for de facto relevante. Se estudou na escola pública não precisa mencionar o nome da escola, mas se fez numa bela escola reconhecida por oferecer excelente base pode mencionar mesmo que tenha frequentado esta escola apenas no primeiro grau.
Viagens ao estrangeiro também são bem vindas conforme a função exercida – mas acrescente o aprendizado retirado de cada uma, por exemplo: Visão ampliada no se refere ao atendimento ao publico, etc.

Nunca, mas nunca mesmo coloque fotos do cachorro ou dos filhos no currículo – motivos óbvios.

Coloque no currículo tudo o que você domina e sabe fazer, independente de ter frequentado cursos específicos ou de experiência anterior.

4- Deixar a ansiedade tomar conta de sua voz e postura.

Se se preocupar demais com temas irrelevantes como, por exemplo, como vai movimentar as mãos, deve cruzar as pernas ou não, deve colocar a pasta do lado direito ou do lado esquerdo. Por mais que tenha mil amigos a darem dicas que parecem mais superstições do que outra coisa, acredite em mim, focar-se nisto só o deixará com um comportamento mecânico, preocupado e artificial.

Acredite no meio termo, não fique à vontade demais a ponto de colocar os pés na cadeira, nem duro demais a ponto de pedir permissão para sentar. Com o tempo, depois de contratado, você vai sentir qual é o clima na empresa.

Prepare-se, estude a empresa na internet e vá para entrevista sabendo do que eles precisam e sabendo que você será um excelente colaborador.

5- Colocar questões pessoais na entrevista.

“Preciso deste emprego porque minha renda aumentou”.
“Queria trabalhar aqui porque é perto de casa”.
“A Minha esposa está grávida então preciso começar a trabalhar nesta semana”.
Passar a impressão de que a empresa deverá resolver seus problemas é uma péssima idéia.
Eu sempre orientei a quem faz contratações a nunca contratar quem está entrando na empresa para resolver as suas questões pessoais, pois dificilmente esta pessoa verá a empresa como um local onde deve prestar serviço, verá a empresa como o local que resolve seus problemas pessoais. Na entrevista de emprego mostre as vantagens que a empresa terá em lhe contratar (e não quais as vantagens que você terá), quais colaborações você tem para oferecer.

6- Falar mal da empresa anterior.

É muito antipático. Por mais que você só tenha verdades a dizer você vai dar a impressão de ser uma pessoa muito critica – no mau sentido. E sua imagem será associada a todas as cenas desagradáveis que mencionar. E você por certo não quer isso.

7- Excesso de modéstia.

Não tenha medo de ser arrogante. Numa entrevista de emprego você está vendendo um produto: o seu serviço. Se você não mostrar que este produto tem qualidade como é que o outro vai querer ter você no quadro de funcionários? Se não focar o quanto você será útil para empresa, o quanto poderá produzir não convencerá a empresa a o contratar. Você está sendo contratado para resolver um grupo de problemas da empresa e deve mostrar que é capaz.

Enfim, este texto não quer dizer que o psicólogo ou a pessoa responsável pelo recrutamento o interpretará mal, mas sempre há funcionários da empresa envolvidos no processo de seleção que não são especialistas em comportamento e por isso poderão se deixar influenciar pelo menos importante.
 
Se você perceber que está com dificuldade e a desperdiçar oportunidades, não custa nada fazer uma sessão de orientação com um psicologo especialista em seleção de pessoal...
 
Escreva-me e tire as suas dúvidas....
 
um bem haja a todos....

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Isso é Psicológico: Quantas vezes ja ouviu esta frase?

 




 Já não vos escrevia há muito mas cá vos deixo um dos meus últimos artigos. Desculpem a minha ausência mas o trabalho tem sido mais do que muito. Hoje vou vos escrever a necessidade de respeitar e tentar entender o que é afinal um "problema psicológico".






- Isso não é nada, é só psicológico.

- Você não tem nada, é emocional.

- Você está bem, está tudo na sua cabeça.

- É tudo coisas da sua cabeça.

- É só psicológico

- Tira isso da cabeça.









Quem é que nunca ouviu uma frase destas?


Quando é que você falou algo deste género para outra pessoa imagino que você se tenha sentido muito bem, pois acreditava que estava a dar a “solução” para os problemas do outro. 
Mas quando foi você própria que ouviu uma destas frases tenho certeza que você sentiu muita raiva além da sensação de incompreensão total por parte de pessoas que muitas vezes eram consideradas como a sua esperança de encontrar a solução – pois muitas vezes é o próprio médico que o atende num centro de saúde ou mesmo na sua clinica que lhe "dispara" este tipo de frase.

Estas frases significam o maior desrespeito que alguém pode demonstrar pelo sofrimento alheio.

Ter um problema psicológico não significa que faltou “força de vontade”.

Ter uma depressão não significa que a pessoa “quer sofrer”.

Ter síndrome do pânico não significa que todos os sintomas passarão se esta pessoa “souber que não tem problemas no seu corpo, mas na sua mente”.

Ser portador do TOC – transtorno obsessivo - não significa que para ficar curada ela deve “apenas parar de fazer o que tem vindo a fazer”

Ser bipolar não significa que a pessoa é “uma desavergonhada”.

Eu gostaria mesmo que, pelo menos as pessoas que lessem este artigo, tomassem consciência de que um problema de ordem emocional – mental - comportamental – sentimental, enfim psicológica deve ser respeitado e tratado como qualquer doença.

Na clínica de psicologia percebemos isso através da quantidade de pessoas que me ligam não apenas para agendar consulta, mas para entender junto de mim e ao telefone o que se passa com ela. A própria pessoa que sofre não tem consciência de que precisa e merece atendimento.

Não há uma só pessoa que ao cortar o dedo avalia a necessidade de um curativo. Mas quando o corte se dá a nível “invisível a olho nú”, ou seja o âmbito psicológico, todos avaliam e reavaliam a necessidade de buscar tratamento. Porquê? Hoje em dia entendo que a crise nos faça repensar se devemos ou não gastar dinheiro com um tratamento que afinal se resolver conversando com um amigo....mas será mesmo assim?

Existe sempre  alguém na família ou no seu grupo de amigos que vêm com uma frase do género das acima referidas e demonstra o sofrimento psicológico afinal não existe....

Muitos outros termos demonstram claramente a falta de respeito ao sofrimento psicológico:ele é maluco, não esta bem da cabeça, não joga com o baralho todo, faltam ali alguns parafusos....

Devemos considerar a necessidade em tratamento psicológico quando:

- Há prejuízos em qualquer nível seja ele pessoal, social, emocional, financeiro, etc.
Sendo assim, pense numa pessoa com depressão. Muitos chegam ao ponto de incapacidade profissional, pois a depressão impede o raciocínio claro, a tomada de decisões.
Outros quadros emocionais tiram totalmente a motivação, a vontade de estar com pessoas e o sofrimento a impede de fazer até mesmo sua própria higiene pessoal.

Uma pessoa com síndrome do pânico deixa de sair de casa, já atendi muitos casos que deixaram os seus empregos por se sentirem mal em simplesmente se dirigirem para os seus locais de trabalho.

Negar a condição de “doença” a estas pessoas é negar direito à tratamento.

O que me faz sentir muito pesar é que a maioria dos quadros psicológicos é tratável  facilmente se for atendido no inicio. Claro que sempre haverá tratamento em qualquer fase, mas para quê adiar?
Só depois de muito tempo é que a família percebe que a pessoa não se curará sozinha, e que "os ralhetes"para “levantar a cabeça e dar a volta por cima” não funcionam. Aí sim, eles vão às clinicas de psicologia e pedem ajuda para tirar a pessoa do “buraco” aquele que foi até agora foi muito incompreendido.

Muitos comportamentos tidos como normais como por exemplo o tímido que não consegue namorar, mostrar na sua empresa todo seu potencial, ter amigos tem problemas psicológicos pois limita sua vida a ponto de sofrer prejuízos graves. O tímido que chega a este ponto não é mais tímido, ele é um fóbico social.

Problemas do foro emocional, dificuldades comportamentais, problemas mentais são todos estigmatizados de forma geral pela sociedade. Mas são questões psicológicas que devem ser tratadas.

Percebo isso até mesmo nas pessoas que passam por um dos quadros de sofrimento psicológico pois é muito comum que ela só entenda e sinta empatia por quem tem exactamente o mesmo problema que ela e desconsidere totalmente quem tem outro sofrimento diferente. Já vi pessoas com síndrome do pânico considerarem “um absurdo” quem tem medo exagerado (fobia) de cães. Já vi pessoas que ficaram de cama quando passaram por um rompimento com a namorada, mas que desprezaram o sofrimento daquele que foi despedido.

Será que desprezar o sofrimento psicológico do outro dá a sensação de ser mais forte que isso e que precisa de demonstrar garantias  de que não será tão frágil assim?

O medo da própria fragilidade emocional faz as pessoas desrespeitarem a fragilidade alheia. Pois se você considera que é possível para qualquer ser humano ter problemas psicológicos você terá que admitir que você também está no risco.

E quer saber? É verdade. Todos estamos arriscados. Não há protecção alguma contra problemas psicológicos. Ter uma educação rígida não te faz mais forte, ter pais amorosos não garante que você não sofrerá nunca. Passar por obstáculos pode te ensinar muito sobre a vida mas não garante que você está protegido....

Respeite,  lute para ser respeitado, exija e dê o direito de tratamento a qualquer pessoa que tenha problemas psicológicos.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ola a todos!

Já ha muito tempo que não venho postar nada aqui mas a vida também anda num corre corre que as vezes o tempo que me sobre é muito pouco para escrever. Queria vos dar uma noticia de que agora estou integrada no seguinte projecto:

A Bem-Estar no seu Lar é uma empresa vocacionada para a prestação de serviços de apoio domiciliário, com profissionais especializados em diversas áreas que têm como objectivo proporcionar o seu Bem-Estar no conforto do seu lar.

A Bem-Estar no seu Lar nasceu para cuidar de Si e da sua Família. Propomos prestar serviços de apoio domiciliário e cuidados domiciliários com qualidade de excelência que contribuam para a manutenção da sua Qualidade de Vida e que visem sempre a sua autonomia.

A nossa equipa estará ao seu dispor para lhe prestar apoio domiciliario apenas algumas horas ou 24h consecutivas, 365 dias por ano, pois primamos pelo seu Bem-Estar minuto a minuto, hora a hora e dia a dia.


 Agora no "Bem Estar no seu Lar" consultas de PSICOLOGIA em Almada:

sessões de terapia individual,
sessões de terapia de casal
sessões de terapia familiar

a preços fixos de 25 euros.

Por favor partilhem e contactem para carolina.bernardo.mesquita@gmail.com para marcação.

um beijinho e ate breve

terça-feira, 3 de abril de 2012

Falta de ânimo e motivação


Você é o tipo de pessoa que acorda de manhã e não sabe por onde começar, alias nem sente vontade de sair da cama - não é por não saber o que fazer pois tem na cabeça tudo o que deve ser feito, mas não tem animo para nada? Tudo parece dificil e precisa de, literalmente, se arrastar para fazer qualquer coisa?


Porque nos falta motivação?

Se você se sente desanimado por mais de seis meses e não consegue mudar mesmo que os amigos e familiares tentem oferecer passeios ou coisas que em outras épocas lhe dariam muita empolgação, você está em depressão.

 A depressão piora quando não temos a sensação de que seremos bem sucedidos nas tarefas que "precisamos" fazer. Vou explicar melhor:

O nosso cérebro é constituído por uma região responsável pelas recompensas. Tudo o que  fazemos e tem boas recompensas temos vontade de fazer de novo. O inverso também é verdadeiro, tudo o que fizermos que der resultados dolorosos não seremos mais impulsionados para atividades iguais ou parecidas.Parece obvio, não?

Tudo o que é bom desejaremos mais, o que for mau temos tendência a afastarmo-nos. Mas a grande subjetividade do ser humano complica tudo pois, muitas vezes nós não nos damos o direito de não gostar de alguma coisa e assim não temos a consciência do porquê de fugirmos destas coisas. Por exemplo, você tem que limpar o armário, sabe que ter um armário limpo é muito bom, agradável e facilita para encontrar a suas coisas, mas nada disso é suficiente para "pular" de alegria quando pensa em limpar armário? Porque, se teoricamente o resultado é positivo não deveríamos desejar a atividade? Não, porque no fundo você não foca o resultado final, ou seja, sua vida será facilitada ao encontrar cada objeto rapidamente em um armário limpo e organizado. Ao invés disso você foca no processo, ou seja no tempo que usará para limpar este armário e no trabalho que dará ao procurar panos de limpeza, pegar o balde água, etc.

Dei o exemplo da limpeza de armário, mas para entender o seu desânimo você pode colocar no lugar qualquer atividade: Ir à escola, ligar para os clientes, almoçar com amigos, comprar um presente, fazer desporto, organizar uma festa em casa, etc. O cérebro da pessoa em depressão não consegue pensar a médio e longo prazo, não consegue nem imaginar a maravilhosa sensação de "missão cumprida" ao terminar um relatório para a empresa, ou outra tarefa qualquer.

A natureza tenta nos ajudar nisso, e podemos perceber essa ajuda na adrenalina que recebemos quando estamos correndo. Pense bem correr cansa, deixa nos suados e sujos então porque é que algumas pessoas simplesmente adoram correr? Por causa da adrenalina que nosso cérebro produz quando corremos. É como se seu cérebro quisesse que você não parasse. Você já parou para pensar no porquê do seu cérebro o incentivar a fazer certas coisas?

Porque é que alguns perdem a capacidade de sentir prazer na vida?

Para uma grande maioria de pessoas é porque tiveram experiências destruidoras tão intensas que deixaram marcas tão profundas que parece que o cérebro "aprendeu" que não adianta e que não têm saída - eles serão vencidos, nunca vencedores. Vou dar alguns exemplos. Pais, familiares ou colegas que abusaram do poder sobre as crianças, ou professores que não tiveram preparação suficiente para lidar com a natural criatividade das crianças acabam cerceando a livre expressão com a famosa frase "quem manda sou eu". Isso vai imprimindo no cérebro a informação de que os outros são sempre mais poderosos, mais importantes e só lhe resta ficar num canto "quietinho". Quando vão ver estão adultos e ainda funcionando conforme as informações destruidoras que um dia receberam.


Como vencer o desanimo e falta de motivação?

Identificar quais foram as informações destruidoras que o seu cérebro imprimiu sem ao menos perceber que eram falsas mas que foram passadas por pessoas que tinham poder sobre você, é o primeiro passo. Não é uma tarefa fácil pois este conteúdo é algo que você tem na sua memória mais profunda, não é de fácil acesso no dia a dia, e mesmo que a identifique muitas vezes não associados estes acontecimentos do passado com os comportamentos e emoções atuais. Uma forma de conseguir isso é através do olhar treinado de uma pessoa que está fora desta dinâmica, ou seja um psicoterapeuta. O segundo passo será a substituição desta informação destrutiva por outras, agora verdadeiras. Com certeza você terá sua via de volta e sua vontade de viver.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Como controlar a sua raiva....

Controle da Raiva
 
Você já deve ter passado por situações de morrer de raiva . Existem dias que parece que tudo está mal, qu nada corre bem, tudo é errado: o transito infernal, o seu chefe nem deu importância para o seu trabalho que lhe custou um dia inteiro e umas quantas horas de sono, o supermercado que não tinha troco ou o multibanco não funciona. Não dá para aguentar. Uma coisa destrutiva vai se formando emergindo dentro de si e, você acaba por descontar, descarregar todas as suas frustrações cima do marido, esposa, mãe, enfim, em cima de quem não tem nada a ver com a origem do problema.

Temos que perceber que a raiva por si só não é uma coisa "má", a raiva é um mecanismo de defesa e foi fundamental para a sobrevivência das espécies. Um dos mecanismos de auto defesa é a raiva, pois ela de mobiliza contra o ataque alheio.

Existem momento em que dá mesmo vontade de gritar e até de agredir uns e outros. O problema surge justamente esse quando essa revolta o faz perder o controle e agir desproporcionalmente.

Raiva está relacionada com a frustração e aparece em dois tipos de situações:

- Quando você não consegue realizar uma coisa que queria muito - você sente-se frustrado .

- Quando você se sente desprezado, diminuído e desvalorizado.



 
Tal como já aqui falei em artigos anteriores, existem pessoas com uma habilidade brutal em fazer os outros sentirem-se diminuídos, e conseqüentemente morrendo de raiva, por exemplo, o cliente que coloca a loja "abaixo", fala mal de todos os produtos e não compra nada, ou o chefe que parece que faz de conta que você não existe, ou as pessoas do seu seio familiar que não reconhecem o trabalhão que você teve em limpar a casa, fazer o almoço o jantar, deixar tudo limpinho e arranjado. Tudo isso "mina" qualquer um de raiva.

Existem duas formas muito negativas de lidar com essa raiva:

- Explodir e perder o controle. Quem perdeu o controle perde a razão, mesmo que a razão esteja toda com ele na hora da explosão ela vai para o “ralo”.

- Abaixar a cabeça. Engolir sapos não é saudável. Normalmente a pessoa que engole é aquela que traz dentro de si uma educação onde deve sempre atender às expectativas dos outros. Quando você tem a crença que as necessidades dos outros são mais importantes que as suas você desenvolve um ego fraco, torna-se uma pessoa incapaz de responder e de se impor quando precisa. Saber dizer “Não” é saber cuidar de si mesmo, é enfrentar o problema. Se não conseguir você ficará vítima e refém da raiva.
 
Não ter raiva nenhuma é tão perigoso quanto explodir de raiva. Mas é preciso aprender a externalizar os sentimentos na hora certa, da forma certa, na medida certa e com a pessoa certa.

Raiva não expressa da forma correta pode desencadear depressão ou grandes desastres no trabalho, no grupo social ou escolar.

Uma das piores coisas a fazer é disfarçar a raiva . Existem pessoas que dizem “Eu controlo-me” quando na realidade ele disfarçou, engoliu. Isso é péssimo. Controlar a raiva é aprender a lidar com ela.

 
Raiva está diretamente ligada ao stress pois passar raiva dia após dia vai te debilitado e você nem percebe o porquê.

Identifique o stresse despoletado por raiva “engolida”

- Irritação

- Sono perturbado - dorme demais ou de menos

- Perdeu a capacidade de sentir prazer com a vida

- Está comendo demais ou de menos

- Está tendo problemas de relacionamentos

Se você respondeu “sim” para a maioria destas cinco pontos você está stressado.
 
Para aprender a lidar com a raiva, sem reprimir, sem explodir e se prejudicar ainda mais deve-se ir a fundo e descobrir quais são as crenças que estão por trás dessa raiva.

 
A psicoterapia dá meios de se desapegar do passado que causa raiva, ultrapassar a barreira da neurose e se livrar do fardo de ser uma eterna vitima.

 
Precisamos de nos reconciliar com as coisas que nos fizeram sentir frustrados ou desvalorizados para começar a superar estas situações e ter a "coisa" que mais interessa: o controle sobre sua própria vida! Mas entenda que reconciliação não significa esquecer ou fazer de conta que “não foi nada”. Significa continuar a viver de forma leve sem apegos emocionais e comportamentos desgastantes.
 
A psicoterapia oferece alguns caminhos como a flexibilização de pensamento que lhe dará opções para reagir de formas adequadas, a mudança dos padrões de pensamentos para que as pequenas coisas do dia a dia sejam vistas apenas como são: pequenas coisas do dia a dia. Você não fará mais um “cavalo de batalha” quando furarem a fila, mas saberá agir com elegância e obter o respeito que merece.





segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Terapia de Casal: entre o fim e o recomeço



O médico de 50 anos dizia-se especialista em terapias individuais e de grupoBrigas de dia, amuos ao deitar, silêncios ao chegar a casa, culpa ao final de anos. Nem um nem outro se lembram como começou. Ambos suspeitam que é o fim. Acabam no consultório a desfiar os queixumes. Ele passa muito tempo no trabalho e ela controla demasiado a vida dele; ele é egoísta e ela descuidada com a aparência; ele deixa a sogra intrometer-se na vida deles e ela não quer saber da família dele. Não ouvem o que estão a dizer, mas interrompem os insultos para ouvir o terapeuta e descobrir aos poucos que afinal há erros partilhados no cartório.
  
Entre marido e mulher há mais mudanças a acontecer. Tudo se passa dentro de um consultório, perante uma única testemunha - o terapeuta conjugal. As transformações estão em curso há pelo menos cinco anos, altura em que os casais portugueses começaram a recorrer mais à mediação familiar.

E a necessidade de pedir ajuda a um profissional é mais uma razão do aumento da popularidade dos terapeutas, acrescenta Manuel Peixoto, da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar. "Hoje há uma maior consciência de que é menos difícil superar uma crise se existir alguém a facilitar o diálogo num local neutro."

Outras reviravoltas avançam em silêncio, e agora há também cada vez mais parceiros a tomar a iniciativa de procurar um terapeuta. "O homem vai perdendo o medo de assumir afectos e carências", diz o psicólogo.

Divergências. As famílias diminuíram em tamanho, mas continuam com o peso de sempre. As sogras, por exemplo, são uma questão complexa, mas Manuel Peixoto resume tudo a uma pergunta: "Quem faz a melhor sopa?" Ele diz que é a mãe dele; ela diz que é a mãe dela. Parece um desentendimento simples, mas é umas principais divergências conjugais. "Quanto maiores forem as diferenças na cultura familiar, maior o abismo entre os dois", alerta.


 
Falta de comunicação ou querer mudar o outro são rastilhos que a herança familiar acende sem que nem um nem outro percebam a origem do mal. "Chegam ao consultório angustiados porque vivem uma relação que não corresponde ao que esperavam", conta Margarida Vieitez. Atacar as causas é a melhor estratégia, e os especialistas explicam o que fazer, mesmo correndo o risco de perderem o emprego: "A melhor sopa é a que os dois conseguem inventar." Sem ceder a pressões de mamãs e de sogras.


É tarefa complicada e amor só não chega. É preciso pragmatismo na altura de definir as cláusulas do "contrato simbólico". Não há necessidade de cartório, mas as regras devem estar definidas: o que é feito em conjunto e em separado, qual o espaço para os amigos, quem lava a loiça, um sofá para dois ou para cada um. Tudo regulamentado.

 
E quem julga que honestidade é o melhor caminho está enganado. A infidelidade, outro grande desencadeador de crises conjugais, é um segredo a guardar para todo o sempre. Se cometeu uma traição - sem importância ou consequência -, não conte ao seu parceiro. "As mulheres lidam melhor com a culpa, mas os parceiros têm dificuldade em fazê-lo", diz Manuel Peixoto. Aliviam os remorsos, mas em contrapartida minam a relação: "Não há utilidade em contar a escapadinha de uma noite." Isso só faz sentido quando a relação extraconjugal assume importância. "Aí é caso para reflectir sobre as razões e procurar saber se a infidelidade resultou das fragilidades do casamento."

 
Desgaste. é a doença comum para casais de todos os feitios, idades ou queixas. "Podemos acompanhar recém-casados, casais com longas relações ou namorados que querem avançar para um compromisso mais sério", diz Patrícia Passarinho. Margarida Vieitez tem maior facilidade em identificar um padrão entre os seus pacientes: "Estão entre os 35 e os 45 anos, com casamentos entre os dez e os 15 anos, com dois filhos e pertencentes à classe média e média alta.

A monotonia que todos se queixam que se alastra no decorrer do casamento, muitas vezes é um mero pretexto para que ambos não reflitam que seus intentos de moldar o outro simplesmente fracassaram. Se pensarmos do ponto de vista histórico e sociológico chegamos à conclusão de que nossos pais ou antepassados fizeram de tudo para preservar o casamento, inclusive aceitando a plena infelicidade e insatisfação; hoje se nota que boa parte da energia é direcionada para a destruição completa da relação.

 
Resumindo conceitos:


O casal...

Surge quando dois indivíduos se comprometem numa relação que pretendem se prolonge no tempo. O casamento assinala que o compromisso foi assumido, pelo que falar em casamento neste contexto significa que dois indivíduos deram início ao ciclo vital do casal e, logicamente, da família, não sendo absolutamente necessário a sua ‘legalização’. O que está em questão é assumir o desejo de viverem juntos, a criação de um lar e de um modelo relacional próprio; referimo-nos a um processo, mais do que a um momento” (Relvas, 1996: 51).

Contra-indicações da T.Casal:


- inexistência de um mínimo de afinidades e interesses comuns

- ambos manifestam o desejo claro de se separarem

- a existência de relações extraconjugais ou qualquer outro segredo, que o sujeito quer manter

- a intenção claramente voluntária de um dos parceiros utilizar a terapia para prejudicar o equilíbrio psíquico do outro

- situações de natureza psiquiátrica: delírio de ciúme, estados depressivos graves (grande melancolia).

Se está a viver uma situação complicada com a sua cara metade não deixe de procurar ajuda. Muitas vezes os problemas perpetuam-se no tempo porque o casal nao fala daquilo que é realmente importante e uma relação acaba por esmorecer. Procure ajuda e concilie-se com a sua cara metade ou consigo próprio....

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Medo da mudança...


Mudança. Essa palavra nem sempre nos agrada muito, talvez seja porque toda mudança pressupõe perdas. Seja os amigos ou vizinhos que você perde quando muda de endereço, ou quando muda de emprego. Por mais que a mudança traga coisas boas e novas experiências, ela sempre significará perder outras. É inevitável.

O medo de mudar refere-se ao medo do desconhecido e surge da nossa imaginação – imaginar o quanto será difícil a adaptação a este novo... emprego, namorado, bairro, estado civil, condição social, ou seja lá por qual mudança você esteja a passar.... 

Mas o medo de mudar também surge da falta de imaginação, ou seja da nossa limitada capacidade para perceber o quanto o novo pode ser estimulante e motivador...

O ser humano tem uma tendência a perceber o negativo maior do que a tendência de perceber o que há de positivo, o que pode dar errado é visto com muito mais ênfase do que perceber o que pode dar certo. Sendo assim tendemos à depressão . Isso tem uma explicação: a evolução.


gestao_da_mudancaIsso mesmo, foi a evolução que mostrou que havia uma boa vantagem em observar com mais atenção o que poderia dar errado, este comportamento ajudou a sobrevivência. O homem das cavernas que sobreviveu aos ataques, fome, frio foi o que soube observar de onde vinha o perigo. Este sobrevivente deixou descendentes, e você sabe quem são estes descendentes? Você! Eu! A sua mãe e meu vizinho!. Ou seja, todos nós. Os que não conseguiram olhar para o futuro com medo, olhar para as mudanças com desconfiança perdeu o jogo da sobrevivência.



Não há mais necessidade de tanto medo , tanta ansiedade , as mudanças são muito favoráveis – agora são.


Medo de mudar para melhor

Também assusta. Mudar para melhor pode ser tão aterrorizante quanto não saber para onde a mudança o leva. A fantasia humana sempre associa mudança ao desconhecido.

“Estou a mudar, ok, dizem que será muito bom esta promoção, ganharei mais, terei uma vaga na empresa, minhas opiniões serão ouvidas, mas...”. Este “mas” é terrível, é ele que te faz ficar com medo de mudar. É ele que diz, lá no cantinho da sua mente, que mudar não será tão bom assim.



O que você deve saber é que este medo é irracional, é mentiroso, é seu mecanismo de defesa que se desregulou e está acionando o alarme desnecessariamente.


Uma das coisas que mais nos mete medo, é a troca de emprego. Se já tivermos um outro emprego certo, onde já conhecemos como funciona, o medo não é tão grande. Agora, se formos para uma empresa desconhecida, com pessoas desconhecidas, podemos perder uma óptima oportunidade. Por medo de mudar de ares, de participar de coisas novas, acabamos deixando estas oportunidades passarem, e como diz o ditado: “a sorte não bate duas vezes”. Vale ressaltar que o assunto aqui é medo em excesso. Não estou dizendo para simplesmente trocar de emprego na primeira oportunidade e sim, avaliar com clareza as chances de dar certo, se vale a pena ou não. E se acharmos que vale, daí sim partir para a troca. 


Porque é que todas as noivas ficam muito nervosas?

Porque existem um conjunto de novidades a acontecer ao mesmo tempo. Só a festa, por si só, já é muito stressante. “E se não entregarem as flores certas? E se a comida se estragar? E se os convidados não aparecerem?”


Dificuldade em largar um péssimo relacionamento

Isso é medo de mudar. Sair deste relacionamento onde já conhece todos os defeitos da pessoa e cair em possibilidades novas? Isso é doloroso. Quanto mais você se prende á antiga rotina – só porque já a conhece não significa que terá a melhor vida possível. Pelo contrário.


Medo de que os outros mudem

Parece que pior do que passar por mudanças é encarar as mudanças dos que nos são próximos.

Vamos e venhamos, todos mudam, mudam de ideias, de filosofia de vida, de endereço, de valores, mudam a cor do cabelo...



Dar e entender com um novo olhar a mesma pessoa é muito difícil porque isso obriga-nos a gerar mudanças em nós mesmos.


Como encarar de forma mais leve o medo das mudanças

A melhor forma é mudar seus padrões de pensamento, ficar nas vantagens e lutar para que você seja vitorioso em cada mudança. Para alguns será necessário eliminar cargas negativas referentes à mudanças mal sucedidas em outras fases da vida.

A psicoterapia é um caminho para este sucesso. O psicólogo é o agente de mudança positiva na sua cabeça que o prepara para todas as outras mudanças, as inevitáveis, as desejadas e as procuradas