Este é o quadro que temos hoje. Comum, sem dúvida, mas eficiente? Terão consequências ou já as têm que talvez nem estejam a ser identificadas pelos pais?
O tempo com filhos tem sido negligenciado ou considerado pouco importante pelos pais e, principalmente, pelas mães que colocam o trabalho como prioridade e os filhos em segundo plano, imaginando que com o resultado financeiro advindo do trabalho, estarão a dar a esse filho o melhor de tudo. Grande ilusão!
Não estou a dizer com isto que as mães não devem trabalhar, nada disso. A distorção desses valores é que se tem mostrado que temos crianças infelizes e despreparadas para enfrentarem uma realidade muito mais exigente do que parece.
Crianças que passam muito tempo longe da mãe muitas vezes desenvolvem um comportamento inseguro, pois a base da segurança vem da interiorização da figura materna e isso é feito na convivência profunda entre mãe e filho(a).
Deixando de discipliná-los como convém, esses filhos tornam-se ditadores, manipuladores e autoritários. E é precisamente esta a maior dificuldade que hoje em dia os pais atravessm: disciplinar os filhos, como que perdem o controlo dos seus próprios filhos. Como consequência disso, desenvolvem baixa resistência à frustração, pois não aprendem a lidar com situações que não são aquelas que eles planearam.
Em decorrência disto, tornam-se adultos infantilizados que na primeira dificuldade no trabalho, por exemplo, pedem demissão ou, na primeira crise em relacionamentos procuram logo novos parceiros para muitas vezes comlatarem a ausência que sentem interiormente. Igualmente, na primeira crise dentro do casamento, incapazes que sempre foram em lidar com situações de dificuldade, escolhem o divórcio como alternativa mais fácil e menos desgastante.
Em decorrência disto, tornam-se adultos infantilizados que na primeira dificuldade no trabalho, por exemplo, pedem demissão ou, na primeira crise em relacionamentos procuram logo novos parceiros para muitas vezes comlatarem a ausência que sentem interiormente. Igualmente, na primeira crise dentro do casamento, incapazes que sempre foram em lidar com situações de dificuldade, escolhem o divórcio como alternativa mais fácil e menos desgastante.
O resultado disso é o que temos visto dessa geração que começou a surgir nos anos 80, com a chegada da mulher ao mercado de trabalho. Geração, essa hoje, com jovens de vinte e tantos anos vivendo relacionamentos precários e passageiros, com parceiros descartáveis e flutuantes.
Esquema de criação estabelecido décadas atrás que se estende e se perpetua ainda hoje, onde crianças de 3,5,8, anos etc… vivem situações semelhantes. Pouquíssimas mudanças aconteceram nas últimas décadas, e podemos considerar mudanças para pior. Afinal, o mundo competitivo exige actividades múltiplas… transformado essas crianças em adultos bem-sucedidos. Será?
Hoje em dia, sabemos que um adulto bem-sucedido, é aquele bem equilibrado emocionalmente, que consegue gerir bem situações de frustração e não tem receio da competição, pois conhece bem a sua tarefa, o seu lugar e sabe disso por ter uma auto-estima equilibrada e saudável. É bom lembrar que a auto-estima não se constrói aos trinta anos, mas é construída na primeira infância pelos pais que gastam o tempo observando a criança e acompanhando em detalhe a evolução de comportamento e personalidade, que aos três anos já está formada.
O criar de filhos exige renúncia, sacrifício e deixar de lado situações aparentemente prioritárias e engajamento absoluto no preparo dessa vida que um dia iniciou, na maioria das vezes, por escolha.
É necessário observar cuidadosamente se cada mãe em potencial se encaixa dentro da exigência da maternidade.
Caso não se encaixe, NÃO TENHA FILHOS! Nenhum ser humano merece, ainda que considerando que está a fazê-lo bem, ser negligenciado.
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